Profundo e comovente, documentário oferece uma visão abrangente da vida do icônico ator americano Christopher Reeve
Dirigido por Ian Bonhôte e Peter Ettedgui, com roteiro de Ettedgui, o filme é o primeiro lançamento da nova DC Studios, presidida por James Gunn, marcando uma introdução significativa à narrativa cinematográfica da DC. Com um riquíssimo acervo de imagens de arquivo, incluindo gravações pessoais e trechos de filmagens, o documentário apresenta uma perspectiva íntima sobre o ator. As entrevistas emocionantes com amigos e familiares, em particular com sua esposa Dana Reeve, proporcionam um retrato tocante da vida de um homem que, além de ser um ícone do cinema, era também um ser humano com lutas e vulnerabilidades.
O documentário não apenas celebra a carreira de Reeve, mas também contextualiza sua trajetória dentro do nascimento da DC nos cinemas. Ele aborda a resistência inicial do público em aceitar filmes de super-heróis como obras sérias e a dificuldade de desvincular os atores de seus personagens mais famosos. Uma das grandes forças do documentário é sua capacidade de apresentar a vida de Reeve sem glorificações exageradas, destacando seus erros e acertos. Essa abordagem honesta permite que o público se conecte com ele em um nível mais profundo, vendo não apenas o super-herói, mas o homem por trás do manto.
Conhecido principalmente por sua lendária interpretação do Superman nos filmes dos anos 80, que estabeleceram um padrão para o gênero de super-heróis no cinema, Reeve teve uma carreira marcada por altos e baixos, culminando em um trágico acidente de cavalo que o deixou paralisado do pescoço para baixo.
Um dos aspectos mais emocionantes do documentário é a exploração da amizade de Reeve com o lendário Robin Williams e o amor duradouro por sua esposa, Dana Reeve. Essas relações, comoventemente apresentadas, humanizam ainda mais o protagonista, revelando sua generosidade de espírito e a força de seus laços pessoais.
Além de sua carreira cinematográfica, o filme ressalta a luta incansável de Reeve por causas sociais e ambientais, tanto antes quanto após seu acidente. Sua dedicação em apoiar pesquisas sobre lesões na medula espinhal e melhorar a qualidade de vida de pessoas afetadas por paralisia é um testemunho de seu legado duradouro. A fundação Christopher e Dana Reeve, criada em 1999, é uma prova de que sua influência persiste, arrecadando fundos e promovendo inovações em tratamentos.
Em resumo, “Super/Man: A História de Christopher Reeve” não apenas aumenta a admiração pelo ator e pela sua interpretação do Superman original, mas também ilumina as lutas que ele e muitas outras pessoas ainda enfrentam. Com uma narrativa sensível e envolvente, o documentário tem o poder de provocar lágrimas e reflexão, garantindo que o legado de Christopher Reeve continue a ressoar nas gerações futuras.
Nota: 10/10